terça-feira, 24 de setembro de 2013

Como desinfetar chupetas?

As chupetas apresentam-se contaminadas por microrganismos?



           O uso da chupeta pode apresentar efeitos negativos sobre a dentição, a fala e, possivelmente, contribuir para o desmame precoce. Entretanto, os pesquisadores têm se preocupado apenas com os efeitos da sucção não-nutritiva, particularmente em relação ao complexo da boca e face e à satisfação psicológica e emocional da criança, sendo poucos os estudos direcionados à avaliação da contaminação microbiana das chupetas. Pesquisas sugerem que a utilização da chupeta se constitui em um meio efetivo para o transporte dos inúmeros microrganismos, causadores de doença ou não, existentes na cavidade oral, os quais podem ocasionar o desenvolvimento de otite média (dor de ouvido), candidose (sapinho), lesões de cárie, diarréia e parasitoses intestinais por contaminação fecal (dor de barriga), entre outros. Até o momento, o microrganismo mais estudado como contaminante das chupetas é a Candida albicans (causadora do sapinho), por ser o agente etiológico da candidíase, uma doença infecciosa comum na infância. No entanto, sabe-se que outros microrganismos como lactobacilos e estreptococos do grupo mutans (causadores da carie) também podem colonizar o látex ou o silicone do bico das chupetas (Figura 1). Apesar disso, as chupetas, na maior parte das vezes, não são desinfectadas após sua utilização, sendo apenas enxaguadas e secas.

Qual a importância da desinfecção das chupetas?


               A utilização de agentes químicos (soluções para desinfetar) ou físicos (por exemplo ferver a chupeta) para a desinfecção das chupetas faz-se necessária para evitar que esses objetos de uso pessoal e rotineiro em idades precoces se tornem veículos para a transmissão de bactérias em crianças.
As embalagens das chupetas em geral contêm as seguintes instruções: ferver a chupeta antes de usar e guardar em local seco e fechado; não colocar laços ou fitas para prender a chupeta no pescoço, devido ao risco de estrangulamento; examinar a chupeta regularmente, jogando-a fora quando estiver danificada; e não mergulhar a chupeta em substâncias doces, para prevenção do desenvolvimento de lesões de cárie. Ao nosso ver, um protocolo eficaz para a desinfecção, de fácil execução, deveria também ser incluído nas instruções das embalagens, a fim de instruir os responsáveis sobre a utilização das chupetas por seus filhos.

Como deve ser efetuada a desinfecção das chupetas após sua utilização?


                  As chupetas devem ser desinfetadas antes da primeira utilização e, pelo menos 1 vez ao dia, após o seu uso. Para esse procedimento, a opção mais prática e eficaz é lavar a chupeta após o uso, remover o excesso de água e borrifar um antimicrobiano, o gluconato de clorexidina a 0,12%, acondicionado em um frasco spray (adquirido em farmácias de manipulação), em toda a superfície do látex ou silicone do bico (Figura 2). Em seguida, a chupeta pode ser guardada no local de costume. Antes que a criança utilize novamente a chupeta, essa deverá ser lavada em água corrente. Como alternativa, sugerimos aos pais ou responsáveis submeter as chupetas, diariamente, à fervura em água por 15 minutos.

sábado, 25 de agosto de 2012

"O NASCIMENTO DOS DENTES-DE-LEITE"

          


          Uma das principais dúvidas que enfrentam os pais no crescimento dos seus pequenos filhos tem a ver com a cronologia da erupção dos dentes. Devido a isto, falaremos um pouco do assunto, a fim de melhorar os seus conhecimentos.
          O crescimento e o desenvolvimento variam de indivíduo para indivíduo, dependente de sua genética e outros fatores. No entanto, a idade em que irrompem os dentes, tanto os dentes de leite (decíduos ou provisórios) quanto os permanentes, variam muito.
As meninas sempre têm maturação mais cedo que os meninos, de tal forma que se pode esperar que as idades aqui referidas (que correspondem à média) sejam menores para as meninas e maiores para os meninos.
Havendo diferença de mais de 6 meses, é recomendável consultar um especialista.
Nas imagens a seguir, mais importante que a idade, referente ao nascimento do dente, é a cronologia de erupção dental, isto é, a seqüência com que eles irrompem na boca da criança.


          Ainda que esta sequência também possa apresentar variações individuais, elas podem ser prenúncio de alguma anormalidade. Principalmente naqueles casos em que um dos dentes erupciona e o corresponde no outro lado à arcada (seu homólogo) não erupciona. Exemplo: O Incisivo Central Superior direito erupciona e o esquerdo tarda mais de 3 meses para mostrar sua presença. Quando isto acontece, levanta-se a suspeita de que há algum impedimento ou obstrução no caminho da erupção. Isto pode ser um dente extra numerário, um cisto, posição atópica genética ou traumática.
          Tão logo se caracterize a irregularidade na sequência de erupção, o dentista deve avaliar esta situação.



          Fonte: Nova DFL



         Até a próxima.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Hipersensibilidade Dentinária ( Vídeo)


Muitos pacientes procuram o dentista devido à sensibilidade nos dentes principalmente quando consomem alimentos gelados, quentes ou doces. Devido ao crescente número de pessoas que passam por esse problema, decidi postar um vídeo explicando o que acontece nesses casos. Espero que gostem!!!
Dra. Luciana



terça-feira, 17 de abril de 2012

A Amamentação e a Odontologia



         A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas ao peito têm melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.

          Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.

Um exercício muito importante

             Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico  importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito.

           Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.

           Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.

Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes "encavalados')

       Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar "encavalados", aumentando também o processo de cárie.

A amamentação prepara o bebê para a mastigação

            A mamadeira costuma tomar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos.

        A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes.

        Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa foi o uso prolongado da mamadeira.          Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.

Evitando hábitos prejudiciais

           Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosas à fala e à respiração.

Abandonando a mamadeira

          A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou "chuquinha".

Prevenindo a cárie

               A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, o odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e com proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acosturnarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.